quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O gótico memorável de Mary Shelley


A criatura que tinha o amor como finalidade, rebelou-se contra seu criador... 
Essa é de longe uma das mais populares estórias sobre criaturas sombrias e aterrorizadoras que perseguem as pessoas e as fazem passar por experiências chocantes; E pensar que ela foi criada entre amigos que jogavam conversa fora.
Mary Shelley, a escritora inglesa responsável pelo nascimento do Frankenstein, estava jogando tempo fora com os amigos quando uma tempestade os pegou durante as férias de verão na suíça, a beira do lago de Genebra. Foi então que narrou a estória do Dr.Victor Frankenstein que, em seu laboratório em Ingolstadt, na Alemanha, deu a vida a sua criatura formada com cadáveres. Aliás, foi para a mesma região desse lago suíço que a autora diz que a Criatura fugiu e amedrontou várias pessoas.
Contam que entre os felizardos que acompanharam o desenrolar do que foi um dos maiores projetos da literatura britânica, estavam seu futuro Marido e então amante Percy Bysshe, e Lord Byron, aclamado poeta autor do “Le Prisonnier de Chillon” (O prisioneiro de Chillon) livro poético de caráter mórbido e deprimente, muito parecido – ao meu ver – com o trabalho do escritor pré-modernista brasileiro Augusto dos Anjos. Segundo se conta, Frankenstein foi uma narrativa arquitetada a partir das lembranças sombrias de um pesadelo de Mary. Alguns, de opinião mais dramática, afirmam que Frankenstein sempre assombrou a escritora. Não seria um caso a parte. Muitos artistas fantasiam seus personagens mais sombrios... Robert Louis Sterverson dizia que havia sonhado “O médico e o Monstro” antes de escrevê-lo. J.K. Rowling, por sua vez, atribui a criação dos dementadores a uma experiência depressiva. Entretanto é bom deixar claro que, apesar de manter um ambiente sombrio e gótico, um dos pontos marcantes da obra é o romance; O relacionamento entre o Dr.Victor e sua noiva Elizabeth ou mesmo a ânsia da própria criatura por uma companheira.
A tentativa do Dr. Frankenstein de criar seu próprio ser humano é frustrada e o monstro aparece como uma personificação do perigo que envolve a sede humana pelo descobrir os segredos da vida.

Um comentário:

  1. Erivelton

    Curti seu texto, pois desconhecia a história.
    Assim como Mary Shelley,também já escrevi muita coisa a partir de uma conversa que supostamente estava sendo jogada fora. :-)

    Beijocas!

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