Seguindo o embalo provocado pelo movimento anti-ditatorial no Egito, venho expor o que mais me deixa triste diante de tanta ganância humana. Não que o sofrimento de caráter físico seja um ponto irrelevante - de modo algum! - mas a perseguição artística é algo que machuca histórica e ideologicamente qualquer nação. Se nas artes é onde o homem pode se identificar como humano, como ser capaz de contemplar e meditar sobre o belo, esse tipo de repreensão chega a ser uma ofensa à nossa intelectualidade.
Como exemplo, perceptível apenas aos mais informados, tomemos o volume absurdo de obras censuradas nas últimas feiras literárias do Cairo, onde o rigor político se somou ao religioso. E se ampriarmos a nossa discurção para o ramo informativo, vale relatar o ocorrido em 2007, quando o governo tirano de Hosni Mubarak não era tão assistido pela mídia mundial. Jornais de oposição indagaram perseguição política contra oito jornalistas que foram presos após a publicação de um artigo sobre rumores com relação à saúde do presidente. Um deles, o Editor, foi condenado a seis meses de prisão.
Quem sabe, passado esse sufoco, ocorra o mesmo que aconteceu após o governo Salazarista em Portugal; A ocultação de livros foi absurda e, quando a ditadura teve fim, a busca pela aquisição dos livros 'proibidos' foi de dimensões sem medidas. Pode até existir quem diga que a censura desencadeou uma sede coletiva pela arte em sua forma mais genuína. Esse seria, em termos grotescos, um ponto positivo da castração. Bem, é algo que pode ser levado em conta, embora seja bastante visível que outros métodos menos brutos podem provocar efeitos de impacto mais satisfatório.
Como exemplo, perceptível apenas aos mais informados, tomemos o volume absurdo de obras censuradas nas últimas feiras literárias do Cairo, onde o rigor político se somou ao religioso. E se ampriarmos a nossa discurção para o ramo informativo, vale relatar o ocorrido em 2007, quando o governo tirano de Hosni Mubarak não era tão assistido pela mídia mundial. Jornais de oposição indagaram perseguição política contra oito jornalistas que foram presos após a publicação de um artigo sobre rumores com relação à saúde do presidente. Um deles, o Editor, foi condenado a seis meses de prisão.
Quem sabe, passado esse sufoco, ocorra o mesmo que aconteceu após o governo Salazarista em Portugal; A ocultação de livros foi absurda e, quando a ditadura teve fim, a busca pela aquisição dos livros 'proibidos' foi de dimensões sem medidas. Pode até existir quem diga que a censura desencadeou uma sede coletiva pela arte em sua forma mais genuína. Esse seria, em termos grotescos, um ponto positivo da castração. Bem, é algo que pode ser levado em conta, embora seja bastante visível que outros métodos menos brutos podem provocar efeitos de impacto mais satisfatório.
Imagem tirada da VEJA que divulgou fotos das
ainda sofre com a repreensão política.