Alguns pontos podem ser destacados no que se refere ao já tradicional e intenso embate não declarado entre os senhores da língua inglesa: Os povos britânicos e os norte-americanos. O primeiro exerce uma influência literária de longa data, uma herança inegável; Por outro lado, os escritores do novo mundo conquistaram o seu espaço através de uma imposição cultural sem precedentes.
Trata-se de um duelo baseado, em sua essência, na divulgação de valores distintos, mais precisamente a história versus a geografia. A nação Inglesa ostenta todo seu requinte, seu sistema monárquico, seu francês ocasional, suas lendas de fundo nórdico, enfim, sua consciência do fazer artítisco. Até porque, se baseando na lógica dos classicistas, quem sempre soube fazer bem feito jamais perderá seu brilho.
Contudo, no outro lado do oceano, estão os patriotas da terra da liberdade, incapazes de escrever um livro sem citar o nome de dois terços dos seus estados e de algumas dezenas de cidades e bairros. Marcha ao Oeste, ruas de New York, cowboys do Texas, romances à beira do Tennessee, confrontos políticos em Washington... Uma pesada aula de geografia.
Essa visão estadunidense tem suas raízes fixadas desde o final da Segunda Grande Guerra; Ainda hoje se ensina nas escolas uma ciência geográfica totalmente sistemática e metódica, voltada apenas para o seu próprio território e seus próprios aspectos internos. Tudo isso torna essa literatura egocêntrica e repetitiva, mesmo que bem escrita.
Por sinal, essa é uma batalha entre gigantes, sempre prometendo oferecer deliciosas emoções - aos que não estiverem na linha de tiro, é claro!